Louie e Luna

Eu conheci o Louie no dia em que o Chiquinho, meu outro cachorro, completou 17 anos.

Chiquinho e eu vínhamos atravessando há alguns meses um processo de luto pela perda da Polly, minha outra cachorrinha de estimação. Embora a perda da Polly tenha sido dolorosa, meu coração estava aberto para a chegada de outro animalzinho em nossas vidas. Na minha cabeça, seria uma cachorrinha, fêmea, pretinha, pequena, talvez um filhote, para viver comigo e com o Chiquinho.

Mas foi numa Vitrine Pet que eu me deparei com um Pinscher da Shopee, idoso, meio zarolho, desdentado e latindo muito. Ele estava num cercado, sozinho, ninguém dava bola pra ele. Foi quando olhei pra um lado, pro outro e resolvi "ajudar", pegando ele no colo pra ele se acalmar. Nesse momento, ele se enroscou no meu pescoço como quem não quisesse me largar nunca mais. E a gente nunca mais se largou. Esse é o meu Louie. Ele quem me escolheu. Parecia tão decidido a fazer parte da minha vida que eu não tive escolha. E que bom que ele não me deixou escolha.

Louie tem um jeitinho de ser muito especial. Às vezes parece que eu sou a pessoa favorita dele. Ele trouxe mais alegria pra minha vida.

A Luna veio um ano e meio depois do Louie. Ela apareceu no terreno de uma família que não podia ficar com ela. Ela já tinha uma infecção grave no olhinho que teve que ser removido. Por ser caolha e pequeninha, a Deise logo lembrou de mim e do Louie, que também é meio caolho. Me mandou uma foto e de cara eu me apaixonei pelos pelinhos de arame. A Luna era o tijolinho que faltava na nossa construção. Completou as nossas vidas de uma forma muito especial. Ela logo se adaptou ao Chiquinho e ao Louie e hoje faz tudo junto com eles, dorme, brinca, come, passeia. Ela e o Louie são a dupla perfeita. Juntos eles se completam e ainda me acompanham nos cuidados com o mano Chiquinho, que é um vovôzinho de 18 anos.

A nossa vida ficou ainda mais alegre depois da chegada dela.